domingo, 22 de janeiro de 2012



OUTRO LADO


Do outro lado
O frescor bate
O melhor é saber
Que existe a outra parte
Que existe outro ser
Que parte e regressa

Do outro lado
Se floresce
Com o pensamento lá e Ca
Cala-se como uma prece
Pedindo pro dia chegar
O dia que acontece
E que aconteça depressa

Do outro lado
Também se medra
Que a outra parte inexista
Sendo algo que criou
E que se quebra
Não sabe se sonhou
Nem como se expressa

Do outro lado
Confia-se
Alegra-se
Escreve-se poesia
Entrega-se
Janelas da alma a cintilar
Coração a palpitar
O outro lado confessa.

.................................

Chegando pela porta

Do corredor a imensidão

No silencio no escuro

A Solidão

Os afazeres se fazem

E só....

Só fica a imaginação

Do dia que se seguira

Que não se encerrara como este

Se tudo não vir a quebrar

E quebrando-se...

...

...

Posso me por a sonhar

Pondo corpo a pousar

Posso pulsar e chorar

Pedindo pro dia acabar

Posso pular tudo isso

Procurando algo mais plausível

Posso perguntar do impossível

Se possível pode se tornar

Posso me por a cantar

Posso pensamento serenar

Posso passar pela porta

Pela qual passei no presente

Permitindo que tudo se passe novamente

domingo, 15 de janeiro de 2012

Além do que se

Do Zero o reinicio
Do afundar-se em si
E da batalha com sigo
Dos desejos
E do culpar-se
Do gritar
E do calar-se
Do fazer por gosto
Do fazer por necessidade
Do apoiar e não saber se encaixar...

Enquanto ferve o caldeirão interno
Vejo queimar abrigos
Vejo choro e agressão sem motivo
Vejo projetos que desmoronam Indivíduos
Vejo calarem o grito amigo
Vejo o bem material
Ser mais precioso que o ser mortal

Paralelo a isso existe eu
Procurando fazer o que gosta
Mas se preocupando com a conta que venceu
E se enfiando em qualquer negócio
Com o sonho pulsante no peito
E o choro escorrendo nos olhos

E fora de mim
Tantas outras batalhas individuais
Com a grande mídia dizendo faça assim
Dessa forma você será demais
Esse é o padrão que se deve seguir
Isso é certo, nós estamos corretos
Fora disso, ninguém ira te admitir

De olhos cerrados
Em uma noite sem lua
Eu grito silenciosamente

Mas quero cantar
Aquilo esta ai
Grupos que não param de lutar
Locais que brigam para existir
Coisas que nasceram para transformar
Onde pessoas não são apenas números
E pode se entender
Que cada um é um ser
E não uma massa dentro de uma forma
Como por vezes nos fazem crer.

Sem nome Estabelecido

A explosão que acontece a todo momento
Dentro de cada pequena coisa
De coisa que não se controla
Que só se percebe quando coisa voa e vai embora
Mas cada momento de loucura de explosão
Momento de insanidade de quem é são
Ou de sanidade para quem assim se diz insano
Tudo é relativo
Estar certo ou errado
É tudo de acordo com um padrão adotado